E chegamos ao fim da jornada da missão de
benchmarking aos países do Sudeste Asiático. Ainda vamos incorporar ao blog o relato sobre as instituições que visitamos em Dubai, mas por hora, é importante registrar as impressões finais enquanto elas ainda estão frescas na memória. Aqueles que acompanharam o blog,
tenho certeza, puderam perceber a riqueza de tudo que vivemos, aprendemos e
vivenciamos ao longo das três semanas em que rodamos por 5 países.
Na verdade, o trabalho não terminou. Ao
contrário, agora sim, ele irá se iniciar. As 3 semanas em que estivemos
cumprindo agendas intensas de visitas técnicas e aprendizado, são o ponto de
partida para muitas coisas que virão na sequencia. Temos que preparar material
por escrito e em formato de apresentação/palestra para cada país que visitamos;
precisamos desenvolver workshops de repasse do aprendizado para nossas equipes
e para parceiros interessados; temos que espalhar, de forma intensa e ampla, o
aprendizado e as lições que aprendemos, principalmente aquelas que nos inspiram
a pensar em soluções e estratégias potencialmente vencedoras para o futuro das nossas pequenas empresas e do nosso país. Temos que envolver e mobilizar formadores de
opinião que compartilhem as nossas crenças de que, ainda que o caminho trilhado
até aqui no apoio aos pequenos negócios no Paraná e no Brasil seja positivo,
sempre há espaço para melhorar, principalmente quando pensamos em
desenvolvimento de competitividade de nível mundial, em detrimento de políticas
assistencialistas focadas em quantidade, o que, comprovadamente, tem legado e
efeito positivo de curtíssima duração.
Neste último post, de encerramento, penso
serem relevantes algumas considerações:
- Temos que agradecer ao nosso Conselho Deliberativo Estadual e principalmente ao nosso Presidente Jefferson Nogaroli, pela visão e compreensão do tamanho do desafio envolvido no projeto proposto. Quando idealizamos este conjunto de missões, por encomenda e proposição do nosso Presidente, tivemos amplo apoio do nosso Conselho em uma demonstração inequívoca de crença no fator humano como diferencial nas ações do Sebrae/PR. Em um projeto como esse, seria fácil escorregar para a mediocridade dos pensamentos mesquinhos, associando o que se propunha a uma “viagem de turismo” (sei que alguns desinformados e, talvez, menos privilegiados do ponto de vista da visão devem ter tido pensamentos dessa natureza). Mas felizmente, não foi o caso do nosso Conselho Deliberativo nem por um instante, o que evidencia o privilégio que é, para o Sebrae/PR, ter pessoas como essas conduzindo os seus rumos;
- A agenda cumprida foi intensa e voltamos exaustos (aliás, difícil imaginar uma viagem de turismo com trabalho diuturno das 8h até muito depois das 18h, normalmente, envolvendo processamento e registro de aprendizado, além das necessárias alimentações ao blog). Mas voltamos com a sensação de que cada minuto investido neste processo valeu a pena. Como sempre digo depois de experiências transformadoras como esta, voltamos muito diferentes do que fomos;
- Além do conteúdo técnico propriamente dito, uma missão dessa proporção também tem sempre como objetivo um benefício indireto mas que faz toda a diferença para a empresa que queremos ser. Estou falando da ampliação da visão e da abertura de “corações e mentes” proporcionada por uma experiência como esta. Os participantes não mergulharam apenas no universo das instituições de apoio aos pequenos negócios em cada um dos países visitados. Eles mergulharam na cultura e nos costumes, conheceram diferentes realidades, e, fundamentalmente, ampliaram de forma consistente suas referencias. Se queremos ter uma instituição que é modelo e ponto de apoio efetivo para os pequenos negócios paranaenses, precisamos começar tendo pessoas que sejam, também, referências. E, obrigatoriamente, ser referencia neste caso passa pelo desenvolvimento de visão e atitudes verdadeiramente globais, capazes de antecipar tendências em sintonia com o que acontece ao redor do globo. Este objetivo sempre esteve no cerne da proposta deste projeto, e tenho certeza de que foi plenamente atingido e será sentido nos próximos meses e anos através de evolução na postura e compreensão dos fenômenos econômicos, culturais e evolutivos que nos cercam a todos. Este conjunto de pessoas está ainda mais preparado para conduzir o Sebrae no rumo da efetividade cada vez maior para as pequenas empresas e para nosso País;
- Quando propusemos este projeto, colocamos como um dos objetivos dotar o Sebrae/PR de uma equipe consistentemente posicionada entre as pessoas que mais entendem de pequenos negócios em escala global no Brasil. Posso afirmar, sem falsa modéstia, que este já é mais um dos objetivos atingidos. Não tenho receio de afirmar que as cinco pessoas que partilharam a experiência descrita neste blog, hoje são, no Brasil, as pessoas que mais conhecem sobre políticas e estratégias de desenvolvimento baseadas em pequenos negócios no Sudeste Asiático. E, me arrisco a afirmar que, quando o ciclo de missões se encerrar em outubro, teremos no Sebrae/PR dezessete pessoas que estão entre as mais capacitadas do País no que tange ao apoio a pequenos negócios ao redor do Globo. Este é um valor intangível, mas que não tem preço para uma instituição cujo objetivo é melhorar o mundo através dos pequenos negócios. E, além disso, estas pessoas atuarão como multiplicadores deste conhecimento, dotando toda a equipe do Sebrae/PR de conhecimento de vanguarda no tema, ao mesmo tempo em que, esperamos, poderemos influenciar formadores de opinião e líderes públicos e empresariais, com os modelos e referencias que absorvemos.
A viagem foi intensa o aprendizado foi riquíssimo. Acompanhei sua viagem em cada post. Compartilhar essa experiência mostra a paixão pelo seu trabalho e a dedicação com os seguidores do blog. Você faz a diferença. Parabéns, Allan!!!
ResponderExcluirComo pude observar no blog o desenvolvimento pode ocorrer de diferentes formas considerando a cultura, o ambiente e principalmente o ser humano. Desenvolver pessoas é primordial para geração de uma cultura voltada a transformação (sem medo do novo). Acredito que este trabalho poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento e a positiva mudança junto as micro e pequenas empresas do nosso Estado.
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